Sol asséptico

Construiu-se o sol. Construímos as casas. Dentro delas depositamos pensamentos e emoções enquanto humanos. O mesmo sol bombeou luz para o corpo que tivemos; e o alimentou. Na mente do corpo elaboramos conceitos sobre o sol. Também sobre o desenho de casas. Pintamos elas para que o sol pudesse falar. Mas, sempre há um canto escuro, nelas, onde o sol não entra. Nem o sol-estrela, nem o sol-lucidez. E o pensado se deposita e se recusa a sair de lá. Acontece também com o que se sentiu. Novas pessoas no ambiente sem sol, velhos pensamentos se perpetuam. O que é incrustado não evolui. Melhor seria entendermos o sol como diferente a cada dia. E permitirmos que velhas casas deem lugar a novos pensamentos. O sol pode ser velho. O que pensamos, tem de andar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Olhos no ontem

Mensagens do sul

Torre de repetição